Na última semana, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), realizou uma mudança importante para o ingresso de médicos a cursos de residência para programas de especialidades clínicas ou cirurgias: a exigência do Registro de Qualificação de Especialista (RQE) como pré-requisito.
A partir de agora, o médico que tiver RQE poderá se candidatar a uma vaga dentro do programa de especialização, não importando se o RQE foi obtido por meio de título de especialista ou por meio de residência médica, desde que o RQE seja da especialidade dessa residência.
A principal mudança é que “RQE passa a valer mais”, nas palavras do conselheiro federal de medicina Alcindo Cerci Neto. Até então, os editais de residência com vagas de pré-requisito exigiam que os candidatos tivessem concluído, ou estivessem em fase final, de um programa de Residência Médica credenciado pela CNRM na especialidade exigida.
A formação precisaria ter sido concluída até a data de início do novo programa. Sem essa conclusão, os médicos não poderiam iniciar o novo curso.
Agora, essa exigência deixa de existir. Os interessados na formação deverão apresentar apenas o RQE da especialidade exigida para a residência. O RQE poderá ter sido obtido por meio de curso de especialização, desde que o curso seja reconhecido pela Associação Médica Brasileira (AMB), ou por meio de residência médica.
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O objetivo dessa alteração, ainda segundo Neto, é aumentar o acesso dos médicos aos programas de residência, o que aumentaria o número de especialistas em nosso país.
Nas redes sociais, a mudança dividiu opiniões. Há quem argumente que ela desrespeita os médicos que escolheram se especializar pelas residências. Há também quem tema a proliferação de cursos de especialização de baixa qualidade.
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